sábado, 14 de setembro de 2013

Após mais de seis meses em órbita, trio da ISS volta à Terra com sucesso

Três membros da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) - dois russos e um americano - voltaram à Terra nesta quarta-feira com sucesso, após uma missão de mais de cinco meses em órbita, informou o centro espacial russo.


Membros da missão são atendidos logo após a aterrissagem. Foto: Nasa/Bill Ingalls / Divulgação
A nave com os russos Pavel Vinogradov e Alexander Misurkin e com o americano Chris Cassidy tocou a terra às 08h58 local (23h58 de Brasília de terça-feira), nas estepes do Cazaquistão, uma ex-república soviética na Ásia central onde a Rússia utiliza o cosmódromo de Baikonur.

A aterrissagem, que foi acompanhada por 12 helicópteros e três aviões, aconteceu na área prevista, a cerca de 150 quilômetros da cidade cazaque de Dzhezkazgan. A missão espacial dos tripulantes do Soyuz TMA-08M teve duração de 166 dias.

A retirada dos cosmonautas da cápsula foi transmitida ao vivo pelo canal de televisão russo Rossiya 24. "Tudo está bem", disse Vinogradov sorridente para as câmeras de televisão. Um vídeo postado pelo centro espacial russo mostra os três homens sendo retirados da cápsula e levados a cadeiras sob o sol matinal.

O trio havia chegado à ISS em 29 de março, após um "voo expresso" de seis horas - contra os dois dias necessários - a bordo de uma nave Soyouz. Após sua chegada à ISS, vários incidentes ocorreram a bordo da Estação Espacial: em maio, uma fuga de amoníaco detectada no segmento americano obrigou dois astronautas a sair ao espaço para substituir uma bomba.

Durante sua estadia na ISS, os cosmonautas russos realizaram quatro caminhadas espaciais, enquanto o astronauta americano esteve no exterior da estação em três ocasiões.

O italiano Luca Parmitano, o russo Fiodor Iourtchikhine e a americana Karen Nyberg permanecem a bordo da Estação Espacial. No final de setembro, a ISS receberá o americano Michael Hopkins e os russos Oleg Kotov e Sergueï Riazanski.

Depois que as naves americanas foram retiradas de serviço, as naves russas Soyuz são os únicos veículos utilizados para o transporte dos tripulantes da ISS. Inicialmente estava previsto que a plataforma orbital encerrasse suas atividades em 2015, mas Rússia e os outros 15 países-membros insistiram na importância de se prolongar sua vida útil, em grande medida porque sua construção ainda não foi completada.

Além de Rússia e Estados Unidos, 12 países-membros da União Europeia (UE), Japão e Canadá participam do projeto, com um custo aproximado de US$ 100 bilhões.

Fonte: Terra

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Nasa lança perfil oficial no Instagram e compartilha imagens do espaço

A NASA, agência espacial americana, lançou um perfil oficial no Instagram para se aproximar do público e compartilhas imagens da Terra e além. Entre as fotos, está uma imagem da Terra feita da Apolo 11 em 1969.


A NASA, agência espacial americana, lançou um perfil oficial no Instagram para se aproximar do público e compartilhas imagens da Terra e além. Uma das primeiras fotos é uma imagem da Terra feita da Apolo 11 em 1969. Foto: Instagram / Reprodução
"Estamos constantemente tentando expandir nosso portfólio e mídias sociais para incluir ferramentas que possam contar melhor a história de exploração e descobertas da Nasa", disse a assessora de imprensa da agência, Lauren Worley.

As primeiras atualizações da Nasa no Instagram ressaltaram o lançamento do programa de exploração espacial Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer (LADEE), que irá orbitar a Lua para coletar informações detalhadas sobre a estrutura e a composição da atmosfera lunar.

Mais imagens podem ser vistas no perfil da Nasa: instagram.com/nasa.

Fenômeno raro mostra planeta Vênus sendo encoberto pela Lua

Por volta das 19 horas deste domingo (8), quem olhou para o céu viu a Lua "sorrindo" e uma "estrela" brilhando a seu lado. O raro fenômeno mostra a Lua encobrindo o planeta Vênus e evidencia a estrela Espiga (ou Spica).


Fênomeno poderá ser visto novamente nesta segunda.

“Essa estrela tem importância histórica, pois é mostrada na bandeira brasileira acima da faixa Ordem e Progresso representando o Estado do Pará”, explica Jair Barroso, do Observatório Nacional.

O planeta Vênus, o mais brilhante do nosso céu, aparece no céu nos fins de tarde, desde meados de julho. Na noite de domingo, ele ficou completamente escondido atrás do satélite natural da Terra. O fenômeno pode ser visto em regiões no sul do País e em São Paulo. Também foi possível registrar o fenômeno em Amã, na Jordânia.

Nesta segunda-feira (9), na mesma região do céu ao escurecer, será possível observar novamente a estrela, os planetas Vênus e Saturno e a Lua.

Meteoro 20 vezes mais brilhante que a Lua cruza céu dos EUA

Um meteoro 20 vezes mais brilhante que a Lua foi visto por seis câmeras da agência espacial americana (NASA) ao entrar na atmosfera da Terra, entre os estados americanos da Geórgia e do Tennessee, no sudeste americano, na madrugada de quarta-feira (4).

Esse pedaço de asteroide, de 45 quilos e 60 cm de diâmetro, cruzou o céu da Terra às 4h27 pelo horário de Brasília, a uma velocidade de 90 mil km/h.

A bola de fogo – uma das mais reluzentes observadas nos últimos cinco anos – começou a se fragmentar na altura da cidade de Ocoee, na Flórida, a uma altitude de 53 quilômetros. A segunda ruptura do objeto ocorreu menos de meio segundo depois, a uma altitude de 46 quilômetros.

A Nasa perdeu a localização do meteoro quando ele chegou a uma altitude de 33 quilômetros e uma velocidade de 31 mil km/h.

Sensores localizados no solo gravaram ondas sonoras desse evento, e o radar meteorológico Doppler registou indícios de uma chuva de pequenas partículas de meteoritos caindo no leste da cidade de Cleveland, no Tennessee.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Supertempestade em Saturno 'revira' gelo do planeta, diz Nasa

Uma super tempestade que atingiu Saturno "revirou" gelo da atmosfera do planeta, segundo uma pesquisa publicada na revista científica "Icarus". As informações sobre o estudo foram divulgadas nesta terça-feira (3) pela agência espacial americana (Asa), que classificou a tormenta como "monstruosa".


Imagem mostra formação de super tempestade no hemisfério norte de Saturno. Foto: NASA/JPL-Caltech/Instituto de Ciência Espacial
O fenómeno gigantesco irrompeu em Dezembro de 2010 no planeta, afirma a agência espacial. Tempestades deste género costumam aparecer no hemisfério norte de Saturno a cada 30 anos, em média.

A análise dos cientistas, junto com medições próximas ao infravermelho feitas pela sonda espacial Cassini, são a primeira deteccção já realizada de de gelo formado a partir de água em Saturno. A água, afirma a Nasa, se origina das profundezas da atmosfera do planeta.

"A nova descoberta da Cassini mostra que Saturno pode 'desenterrar' materiais a mais de 160 km [no fundo da atmosfera]", afirmou Kevin Baines, um dos autores do estudo e cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em entrevista à instituição.

"Isso demonstra de maneira muito realista que Saturno, apesar de parecer um planeta 'pacato', pode ser tão tão ou mais explosivo que Júpiter, conhecido pelas tempestades", reforçou Baines.

A pesquisa descobriu que as partículas que formam as nuvens no topo da tempestade são compostas de três substâncias: gelo de água, gelo de amónia e uma terceira substância que possivelmente é hidrosuslfeto de amónia.

Fonte: G1

domingo, 1 de setembro de 2013

Inscrições para viagem sem volta a Marte terminam neste sábado

Terminam neste sábado (31) as inscrições para uma viagem sem volta a Marte, dentro de um projeto que pretende colonizar o planeta a partir de 2023. As inscrições online fazem parte do Mars One, iniciativa liderada pelo cientista holandês Bas Lansdorp.


Ilustração mostra como seria o abrigo dos turistas que viajariam até Marte com a Mars One. Foto: AFP
Até o dia 21 de agosto, a página do projeto na internet informava mais de 165 mil inscritos de mais de 140 países para apenas 24 vagas.

Os EUA estão no topo da lista de países com maior número de inscritos, com 23% de todas as incrições, seguidos da China, Brasil, Índia, Rússia, Reino Unido, Méximo, Canadá, Espanha e Filipinas", diz a nota no site da Mars One.

Os candidatos que decidem se inscrever pagam uma taxa que, de acordo com os organizadores do Mars One, ajudará a financiar o custo do projeto, orçado em US$ 6 bilhões (ou quase R$ 14 bilhões).

O valor da inscrição, que só pode ser feita por quem tem 18 anos ou mais, varia de acordo com o país. Nos EUA a taxa é de US$ 38. No Brasil o valor é menor - US$ 13 (ou aproximadamente R$ 30).

Os valores são justificados, assim como doações aceitas, para financiar os quase R$ 14 bilhões descritos como necessários para construir as estações para habitação em Marte, além de financiar o custo da própria viagem, que de acordo com o site da missão, levará sete meses e será 'o próximo grande passo da humanidade'.

Seleção

Os futuros astronautas da missão serão escolhidos em 4 etapas. Na primeira, a seleção é feita com base no currículo, carta de intenção e vídeo enviado pelo candidato. Na segunda fase, os candidatos devem apresentar atestado médico e físico e se encontrarão com comitês regionais da missão para entrevistas.

Na terceira etapa, o processo passa para o nível nacional, de onde sairá um candidato por país selecionado. Essa etapa será transmitida pela TV e internet em cada país participante e o público desses países decidirá o próprio representante dentre um grupo de 20 a 40 candidatos por nação.

Na etapa final, os candidatos restantes, que precisam se comunicar bem em inglês, participarão de um evento transmitido pela TV em todos os países participantes para selecionar apenas 24 astronautas.

A primeira partida está prevista para o segundo semestre de 2022, e chegará ao planeta sete meses depois, já em 2023.

Fonte: G1

Cientista sugere que vida começou em Marte antes de chegar à Terra

Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra. A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.


Imagem mostra ratera em Marte. Foto: EFE
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos - RNA, DNA e proteínas - sempre foi alvo de especulação acadêmica.

As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.

Hostil

Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.

Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.

Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.

Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.

Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA. O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.

"É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida", diz Benner. "Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante."

Segundo ele, isso é "outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta".

Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida. "As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha", disse Benner à BBC.

"Por sorte, acabamos aqui - já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje."

Fonte: Terra

Cientistas encontram provas de água em grãos minerais da Lua

Cientistas encontraram provas de água em grãos minerais da superfície da Lua de origens ainda desconhecidas na profundidade do satélite, informou a Nasa nesta terça-feira. 

Os pesquisadores usaram dados coletados pelo Instrumento de Mineralogia (M3) da Nasa a bordo da cápsula Chandrayaan 1, da Organização de Pesquisa Espacial de Índia, e detectaram água magmática, ou seja a originada nas profundezas lunares. 

É a primeira detecção desta forma de água a partir de um objeto na órbita da Lua. Estudos anteriores mostraram a existência de água magmática em amostras lunares coletadas pelos astronautas do programa Apollo. 

O M3 captou imagens da cratera Bullialdus, causada por um impacto perto da linha equatorial da Lua. A Nasa explicou que os cientistas estão interessados nessa área porque poderiam calculacar melhor o volume de água dentro das rochas devido à localização da cratera e ao tipo de minerais contidos lá. 

O pico central da cratera é composto por um tipo de rocha que se forma nas profundezas da crosta lunar e do manto lunar quando o magma fica preso ali. 

"Essa rocha, que normalmente fica muito abaixo da superfície, foi escavada desde as profundezas pelo impacto que formou a cratera Bullialdus", explicou Rachel Klima, geóloga planetária no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland. 

"Na comparação com o entorno, encontramos na porção central da cratera um volume significativo de hidroxila, uma molécula feita de um átomo de oxigênio e um de hidrogênio, o que prova que as rochas nesta cratera contêm água que se originou muito abaixo da superfície lunar", disse Rachel. 

Em 2009, o M3 fez seu primeiro mapa mineralógico da superfície lunar e descobriu moléculas de água nas regiões polares da Lua. Na primeira avaliação os cientistas supuseram que essa água seria uma camada fina formada pelo impacto do vento solar sobre a superfície lunar. 

Mas a Bullialdus fica em uma região pouco propícia para o vento solar produzir quantidades significativas de água na superfície. 

"As missões da Nasa, como o Prospector Nuclear e o Satélite de Observação e Sensores de Cratera Lunar, e os instrumentos como o M3 coletaram dados cruciais que mudaram radicalmente nossa ideia da existência de água na superfície da Lua", disse Pete Worden, diretor do Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffett Field, Califórnia. 

A detecção de água dentro de uma observação orbital significa que os cientistas podem provar algumas das conclusões de estudos em amostras em um contexto mais amplo, incluindo regiões distantes de onde chegaram as missões Apollo. 

Fonte: Terra