domingo, 30 de junho de 2013

Nasa testa no deserto do Atacama robô que irá a Marte

Zoe, um protótipo do qual sairá uma sonda que a Nasa enviará em missão a Marte em 2020, faz testes de funcionamento no deserto do Atacama, no norte do Chile, que reúne características físicas do planeta vermelho.
O protótipo de sonda Zoe é testado no Chile. Foto: AFP



O robô explorador iniciou os testes com um primeiro trajeto em um terreno situado 2,3 mil metros sobre o nível do mar, em pleno deserto do Atacama, e sob o estudo de cientistas da Universidade de Carnegie Mellon dos Estados Unidos e da Universidade Católica do Norte do Chile.

"Começou em 15 de junho, percorreu 30 quilômetros. Testamos equipamentos deste protótipo para aproveitar as partes que sejam utilizáveis" que serão incorporadas ao robô que viajará em 2020, disse esta sexta-feira à AFP Guillermo Chong, pesquisador do Departamento de Ciências Geológicas da Universidade Católica do Norte.

O deserto do Atacama, o mais árido do mundo, foi usado pela agência espacial americana em ocasiões anteriores para testar outras unidades que viajaram em missões espaciais, graças à semelhança de sua superfície e condições climáticas com outros corpos celestes.

"A radiação ultravioleta, a 'hiperaridez', as mudanças de clima entre o dia e a noite, a falta de macrovida e a ausência de água" são algumas das analogias entre Marte e o deserto do Atacama, afirmou o pesquisador.

O protótipo, cujo movimento é controlado dos Estados Unidos, fará testes até o próximo domingo no deserto chileno. Durante este tempo, Zoe buscará vestígios de microvida no deserto, enquanto os especialistas revisarão seus equipamentos como sensores usados para a detecção de vida, a definição de minerais que venham a ser coletados, a captação de energia e para tirar fotografias.

Zoe tem um peso aproximado de 771 quilos. Seu chassi é feito de alumínio e outras ligas, tem várias câmaras e na parte superior tem dois painéis solares, enquanto suas rodas são de bicicleta, mas o robô que irá a Marte terá rodas de metal, sustentou Chong.

O robô, que já foi testado em 2005 nestas paragens, também conta com um laboratório interno e uma broca que lhe permitirá fazer sondagens de até um metro de profundidade, mediante os quais poderá detectar micro-organismos. O investimento durante a fase de testes do protótipo chegará a US$ 100 mil.

Nasa lança telescópio para estudar atmosfera solar

A NASA lançou nessa quinta-feira um telescópio espacial para começar a desvendar os segredos da baixa atmosfera do sol, região desconhecida onde se formam os ventos solares que castigam a Terra regularmente. O satélite Iris ("Interface Region Imaging Spectrograph") decolou no foguete Pegasus XL, da empresa americana Orbital Sciences. 

O lançamento ocorreu na base base militar de Vandenberg, na Califórnia, às 2h27 GMT desta sexta (23h27 de quinta em Brasília). 
O Iris ficará em uma órbita a 643 quilômetros da Terra antes de abrir seus painéis solares. O custo da missão é de US$ 182 milhões. Esse telescópio ultravioleta pode captar imagens de alta resolução a poucos segundos de intervalo nessa região pouco explorada do sol situada em sua superfície e sua coroa. A coroa se estende por vários milhões de quilômetros, diluindo-se no espaço. 

O objetivo dessa missão de pelo menos dois anos é entender como são gerados os ventos solares carregados de partículas magnéticas nessa misteriosa zona. Assim, será possível melhorar a previsão sobre as tempestades magnéticas que se dirigem para a Terra e que são um fator de perturbação para a rede elétrica. 
Essa região do sol é também uma fonte de emissões de raios ultravioletas que têm um impacto na base da atmosfera e no clima terrestre, de acordo com a Nasa. "O Iris vai ampliar nossas observações do Sol para uma região até o momento difícil de estudar", explicou Joe Davila, do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa e responsável científico da missão Iris. 

sábado, 29 de junho de 2013

New Horizons mantém plano de voo original para Plutão


Depois de um intenso estudo de 18 meses para determinar se a sonda New Horizons da NASA poderia enfrentar impactos potencialmente destrutivos durante a sua passagem planjeada para 2015 pelo sistema planetário duplo de Plutão, a equipe da missão decidiu "manter o rumo", pois o perigo que a poeira e os detritos representam é muito menor do que se temia. 

Há dois anos, cientistas que usavam o Telescópio Espacial Hubble descobriram duas novas luas em órbita de Plutão, perfazendo um total de cinco luas! Temia-se que os detritos que atingissem as luas pudessem criar perigosas nuvens de poeira, que por sua vez podiam atingir e danificar a sonda à medida que passava por Plutão a velocidades de mais de 48.000 km/h em Julho de 2015. 

"Nós descobrimos que a perda da missão New Horizons devido a impactos de poeira é muito improvável, e esperamos seguir a linha temporal da missão que temos vindo a aperfeiçoar ao longo dos últimos anos," afirma Hal Weaver, cientista do projeto New Horizons, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins. 

Depois de tanto a equipe como um conselho de revisão independente e da NASA terem exaustivamente analisado os dados, determinou-se que a New Horizons tem apenas 0,3% de hipótese de ser destruída por um evento de impacto usando a trajetória atual. 

A probabilidade de 0,3% de perda da missão é muito menor do que as estimativas anteriores. Esta é realmente uma boa notícia, porque a equipe pode concentrar a maioria dos seus esforços no desenvolvimento do plano científico do voo rasante, quando a New Horizons passar a aproximadamente 12.500 km da superfície de Plutão. 

Plutão forma um sistema de "planeta duplo" com Caronte, a sua maior lua. Caronte tem metade do tamanho de Plutão. Mas a equipe ainda vai gastar algum tempo a desenvolver trajetórias alternativas - conhecidas como SHBOTs (Safe Haven by Other Trajectories), apenas no caso de surgirem novas informações a partir das observações da câmara da sonda, que forçariam uma mudança de planos à medida que a New Horizons se aproxima cada vez mais de Plutão. 

"Ainda assim, estaremos prontos com duas linhas de tempo alternativas, no caso do risco de impacto acabar por ser maior do que pensamos," afirma Weaver. De fato, a equipe liderada pelo pesquisador principal Alan Stern, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, está este mês finalizando o plano de encontro e espera realizar um ensaio em Julho do segmento mais crítico de nove dias da trajetória inicial de "flyby". 

A New Horizons irá realizar o primeiro reconhecimento de Plutão e Caronte em Julho de 2015. O "planeta duplo" é o último planeta (agora anão) do nosso Sistema Solar a ser visitado por uma sonda da Terra. 

E a New Horizons não se deixa ficar por Plutão. O objetivo é explorar um ou mais dos gelados objetos da Cintura de Kuiper. A equipe irá usar a passagem por Plutão para redirecionar a New Horizons para um KBO (Kuiper Belt object) que ainda está para ser identificado. 

Fonte: NASA (Agência espacial americana)




Esta imagem, obtida pelo Telescópio Hubble, mostra cinco luas em órbita do distante e gelado planeta anão Plutão. Créditos: NASA, ESA, M. Showalter, Instituto SET
I



sexta-feira, 28 de junho de 2013

Nasa lança telescópio para estudar atmosfera solar

A Nasa lançou nessa quinta-feira um telescópio espacial para começar a desvendar os segredos da baixa atmosfera do sol, região desconhecida onde se formam os ventos solares que castigam a Terra regularmente. O satélite Iris ("Interface Region Imaging Spectrograph") decolou no foguete Pegasus XL, da empresa americana Orbital Sciences.

O lançamento ocorreu na base base militar de Vandenberg, na Califórnia, às 2h27 GMT desta sexta (23h27 de quinta em Brasília).

O Iris ficará em uma órbita a 643 quilômetros da Terra antes de abrir seus painéis solares. O custo da missão é de US$ 182 milhões. Esse telescópio ultravioleta pode captar imagens de alta resolução a poucos segundos de intervalo nessa região pouco explorada do sol situada em sua superfície e sua coroa. A coroa se estende por vários milhões de quilômetros, diluindo-se no espaço.

O objetivo dessa missão de pelo menos dois anos é entender como são gerados os ventos solares carregados de partículas magnéticas nessa misteriosa zona. Assim, será possível melhorar a previsão sobre as tempestades magnéticas que se dirigem para a Terra e que são um fator de perturbação para a rede elétrica.

Essa região do sol é também uma fonte de emissões de raios ultravioletas que têm um impacto na base da atmosfera e no clima terrestre, de acordo com a Nasa. "O Iris vai ampliar nossas observações do Sol para uma região até o momento difícil de estudar", explicou Joe Davila, do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa e responsável científico da missão Iris.

Fonte: Terra

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Nasa descobre mais de 10 mil asteroides e cometas próximos à Terra

Mais de 10 mil asteróides e cometas que podem passar próximos à Terra já foram descobertos. A marca foi atingida no último dia 18, quando o telescópio Pan-STARRS-1 detectou o 10.000º objeto espacial nas proximidades do planeta.

Imagem divulgado pela Nasa mostra movimentação do asteróide 2013 MZ5 com um conjunto de estrelas ao fundo. Foto: PS-1/UH / Divulgação
Operado pela Universidade do Havaí, o telescópio faz parte dos projetos financiados pela NASA, a agência espacial americana.

"Encontrar 10 mil objetos próximos à Terra é uma marca significativa", afirmou Lindley Johnson, da Nasa. "No entanto, há um número pelo menos 10 vezes maior ainda a ser descoberto antes que possamos estar certos de que teremos encontrado todos e quaisquer objetos que possam impactar e causar danos significativos aos cidadãos da Terra", afirmou o pesquisador, sobre cujo comando - que já dura uma década - 76% das descobertas foram feitas.

Objetos próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês) são asteróides e cometas que podem se aproximar da Terra até uma distância orbital de 45 milhões de quilómetros. Eles variam em tamanho desde apenas alguns centímetros - os mais difíceis de se detectar - até dezenas de quilómetros, caso do asteróide 1036 Ganymed, o maior do tipo já descoberto, com quase 41 quilómetros de diâmetro.

O asteróide 2013 MZ5 tem aproximadamente 300 metros de diâmetro. Sua órbita já foi analisada e não inclui uma passagem pelo planeta próxima o suficiente para ser considerada potencialmente perigosa. Dos 10 mil objetos descobertos, apenas cerca de 10% tem mais de um quilometro - tamanho grande o suficiente para causar impacto global, caso atingissem a Terra. Porém, a NASA avalia que nenhum desses asteróides e cometas maiores são uma ameaça ao planeta atualmente - e é provável que apenas algumas dezenas desses permaneça descoberta.


Imagem divulgado pela NASA mostra movimentação do asteróide 2013 MZ5 com um conjunto de estrelas ao fundo. Foto: PS-1/UH / Divulgação

terça-feira, 25 de junho de 2013

Astrônomos descobrem 'super-Terras' habitáveis em estrela próxima

Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) descobriu um sistema com pelo menos seis planetas em torno da estrela de baixa massa Gliese 667 C - a uma distância de apenas 1/20 da existente entre a Terra e o Sol.
Impressão artística mostra uma vista do exoplaneta Gliese 667Cd em direção à sua estrela progenitora. Foto: ESO/M. Kornmesser / Divulgação
Três desses planetas são "super-Terras" orbitando em torno da estrela em uma região onde a água pode existir sob forma líquida, o que torna estes planetas bons candidatos à presença de vida. Este é o primeiro sistema descoberto onde a zona habitável se encontra repleta de planetas.​

Em termos astronômicos, Gliese 667C encontra-se muito próxima da Terra - na vizinhança solar, muito mais próximo do que os sistemas estelares investigados com o auxílio de telescópios espaciais tais como o caçador de planetas Kepler. Estudos anteriores descobriram que a estrela acolhe três planetas, um deles na zona habitável. Agora, uma equipe de astrônomos liderados por Guillem Anglada-Escudé da Universidade de Göttingen, Alemanha e Mikko Tuomi da Universidade de Hertfordshire, Reino Unido, voltou a estudar o sistema.

Os pesquisadores encontraram evidências da existência de até sete planetas em torno da estrela, orbitando a terceira estrela mais tênue do sistema estelar triplo. Os outros dois sóis seriam visíveis como um par de estrelas muito brilhantes durante o dia e durante a noite dariam tanta luz como a Lua Cheia. Os novos planetas descobertos preenchem por completo a zona habitável de Gliese 667C, uma vez que não existem mais órbitas estáveis onde um planeta poderia existir à distância certa.

“Sabíamos, a partir de estudos anteriores, que esta estrela tinha três planetas e por isso queríamos descobrir se haveria mais algum”, diz Tuomi. “Ao juntar algumas observações novas e analisando outra vez dados já existentes, conseguimos confirmar a existência desses três e descobrir mais alguns. Encontrar três planetas de pequena massa na zona habitável de uma estrela é algo muito animador!”.

Três destes planetas são super-Terras - planetas com mais massa do que a Terra mas com menos massa do que Urano ou Netuno - que se encontram na zona habitável da estrela, uma fina concha em torno da estrela onde a água líquida pode estar presente, se estiverem reunidas as condições certas. De acordo com o ESO, esta é a primeira vez que três planetas deste tipo são descobertos nesta zona em um mesmo sistema.

Fonte: Terra


Impressão artística mostra uma vista do exoplaneta Gliese 667Cd em direção à sua estrela progenitora. Foto: ESO/M. Kornmesser / Divulgação

Fenómeno da Superlua é visto no Brasil e no mundo

O fenómeno que marcou o encontro mais próximo da Terra com a Lua neste ano de 2013 aconteceu na noite desse domingo e pôde ser visto em diversas cidades pelo Brasil e pelo mundo. O satélite natural, que em situações como esta fica maior e mais brilhante, iluminou o céu e foi registado por muitas pessoas.

A Superlua iluminou o céu de Porto Alegre, capital gaúcha. Foto: Carla Guimarães
Conhecido popularmente como Superlua, o fenómeno ocorre aproximadamente uma vez por ano e é cientificamente conhecido como "lua perigeu" – quando o satélite atinge a menor distância em relação à Terra.

Nesse domingo, o perigeu ocorreu no início da manhã às 7h32 (horário de Brasília) quando a Lua chegou a 356.991 quilómetros de distância da Terra. Ela estava 14% maior e 30% mais brilhante que as outras luas cheias de 2013. A última Lua perigeu aconteceu no dia 5 de maio de 2012.

De acordo com a NASA, o próximo encontro do tipo deve ocorrer só em agosto de 2014. Já o “apogeu”, quando o satélite estará em seu ponto mais distante da Terra – a 406.490 quilómetros de distância – deve ocorrer no dia 9 de julho.

Fonte: terra




sábado, 22 de junho de 2013

Nasa divulga imagem de interação entre galáxias

Nasa divulga imagem de interação entre galáxias

A agência espacial americana divulgou uma imagem capturada pelo telescópio espacial Hubble que mostra a interação entre duas galáxias. As dupla, conhecida como Arp 142, é formada pelas galáxias NGC 2936 e pela NGC 2937 e fica na constelação de Hydra.

A galáxia que lembra o formato de um pássaro era originalmente uma galáxia em espiral comum, mas ganhou esse formato por causa da interação com a galáxia que está ao lado.

Fonte: Terra



A nossa Lua!

A Lua é o único satélite natural do planeta Terra, que completa uma volta a cada 29,5 dias (período que usamos para dividir o ano em meses). É, proporcionalmente, o maior satélite natural do nosso Sistema Solar. 


Não parece a Lua? É porque esta foto é do lado oculto da Lua, que não pode ser visto da Terra.
Sua massa é tão significativa em relação à massa da Terra que o eixo de rotação do sistema Terra-Lua encontra-se muito longe do eixo central de rotação da Terra. 

Não há um consenso sobre sua origem, mas as similaridades entre o teor dos elementos que encontramos na Terra e na Lua sugerem que ambos os corpos podem ter tido uma origem comum. Neste aspecto, a Lua poderia ter surgido dos restos de uma violenta colisão entre a Terra e um outro planeta menor (que teria se desintegrado no choque), ou poderia ter se desprendido da Terra devido à força centrífuga, quando esta ainda era um proto-planeta, feito de massa liquefeita girando muito rápido. 

A Lua possui um movimento de rotação com período igual ao seu período de translação, o que faz o satélite exibir sempre a mesma face para o planeta, fato que gerou inúmeras especulações a respeito do "lado escuro" da Lua, que na verdade fica iluminado quando estamos no período de Lua Nova. Provavelmente o seu período de rotação já foi inferior ao seu período de translação, mas as chamadas forças de maré exercidas pela Terra foram desacelerando a sua rotação até atingir este sincronismo que vemos hoje, que é estável. 

A superfície da Lua é coberta por uma camada de sedimento fino e esbranquiçado, produzido principalmente por impactos de meteoritos. A Lua sofre mais do que a Terra com impactos de meteoritos por causa da ausência de atmosfera, que poderia desintegrá-los ou diminuir suas velocidades, como acontece na Terra. A face voltada para a Terra possui uma camada de sedimentos mais fina porque sofreu menos impactos de meteoritos, onde se concentram os "mares", que são regiões mais planas e escuras, formadas por material vulcânico. 

Do espaço, percebemos que a Lua tem sempre uma metade iluminada pelo Sol, mas da perspectiva da Terra vemos uma variação cíclica de sua iluminação, que dividimos em quatro fases. Quando a Lua está entre a Terra e o Sol, ela fica a "contra-luz" e não podemos vê-la, quando a chamamos de "Lua Nova". Conforme ela se afasta do Sol, em sua órbita em torno da Terra, começamos a ver uma pequena parte da sua metade iluminada, que vai aumentando dia-a-dia, quando a chamamos de "Lua Crescente". No meio desta fase, no ponto chamado "Quarto Crescente", vemos metade da sua metade iluminada, o indica que a Lua está cruzando o caminho da órbita da Terra, o ponto do espaço onde a Terra esteve há aproximadamente 3h30. A Lua então continua "crescendo" até que podemos ver toda a sua metade iluminada, quando a chamamos de "Lua Cheia". Depois da lua cheia, a Lua começa então a se aproximar do Sol, no seu caminho em torno da Terra, e começamos a perceber uma diminuição diária de sua iluminação, quando a chamamos de "Lua Minguante". No meio desta fase, o chamado "Quarto Minguante", vemos novamente metade da sua metade iluminada, indicando que a Lua está cruzando novamente o caminho da órbita da Terra, mas agora a sua frente, no ponto do espaço onde a Terra estará em aproximadamente 3h30. A Lua então continua "minguando" até que atinja novamente a região entre a Terra e Sol, onde não podemos mais vê-la (a Lua Nova) e reinicia o ciclo. 

Se o plano da órbita da Lua em torno da Terra fosse alinhado com o plano da órbita da Terra em torno do Sol, teríamos eclipses solares e lunares totais a cada duas semanas, alternadamente, pois a Lua se alinharia perfeitamente com a Terra e o Sol duas vezes durante sua órbita. Mas o plano da órbita da Lua em torno da Terra é inclinado em cerca de 5 graus em relação ao plano da Terra em torno do Sol, o que faz a Lua passar a maior parte do ano por baixo e por cima da linha Terra-Sol, alinhando-se apenas duas vezes por ano, quando ocorrem eclipse solares e lunares (duas semanas depois).




Sol - A nossa estrela

O Sol é a estrela mais próxima de nós, sobre a qual a Terra e todos os outros planetas e objetos do nosso sistema solar orbitam. 

O Sol em momento de intensa atividade (comprimento de onda de 304 Å)
Tal como as outras estrelas, o Sol é, basicamente, uma esfera gigante de plasma (gás incandescente) de 4,5 bilhões de anos, que realiza fusões nucleares dos seus átomos em seu centro, devido a enorme pressão gravitacional nesta região. Esta pressão gravitacional tende a concentrar cada vez mais da sua matéria no seu centro, mas é contrabalanceada pela energia da radiação resultante das fusões nucleares, fazendo com que permaneça em equilíbrio hidrostático, quando se estabiliza com determinado tamanho. Quando há um desequilíbrio entre estas forças, a estrela sofre mudanças violentas na sua estrutura. 

Atualmente, o Sol, considerado uma estrela anã adulta, está fundindo núcleos de hidrogênio, que hoje é 92.1% de sua massa, em núcleos de hélio, 7.8% de sua massa. Portanto, a quantidade de hidrogênio está diminuindo, enquanto aumenta a de hélio. Como o Sol funde 700 milhões de toneladas de hidrogênio a cada segundo, podemos calcular que o hidrogênio deve acabar em cerca de 5 bilhões de anos. Acabando o hidrogênio, a pressão da radiação das fusões nucleares cessará, fazendo com que o hélio acumulado sofra um colapso gravitacional. Devido a nova e maior compressão, a temperatura do núcleo aumentará o suficiente para fazer com que os núcleos de hélio se fundam em elementos mais pesados. Nesta fase, devido a uma maior energia nuclear do que gravitacional, o Sol aumentará muito de tamanho, tanto que poderá "engolir" a Terra. Neste momento, o Sol se tornará uma estrela do tipo gigante vermelha, que deve se expandir até alcançar um tamanho máximo, entrando em equilíbrio hidrostático novamente. 

Estrelas mais massivas podem entrar e sair da fase de gigante vermelha várias vezes, a cada etapa queimando nos seus núcleos um combustível mais pesado que na etapa anterior. Mas o nosso Sol deve ficar cerca de um bilhão de anos como gigante vermelha e finalmente colapsar em uma anã branca, que é o produto final de uma estrela como a nossa. Como uma anã branca, ele pode ainda levar um trilhão de anos para esfriar completamente. 

Na superfície do Sol, chamada de fotosfera, freqüentemente aparecem as manchas solares, que são regiões mais escuras de tamanhos variados (geralmente maiores que o nosso planeta), onde ocorre uma redução de temperatura e de pressão. O aparecimento das manchas está relacionado a variações do campo magnético do Sol, cuja intensidade média é de 1 Gauss, chegando a milhares de Gauss próximo a elas. Quanto maior a quantidade de manchas solares, maiores são as alterações na ionosfera terrestre, influindo nas comunicações de rádio no planeta Terra. 

O Sol tem uma oscilação de atividade em ciclos de aproximadamente 11 anos, os chamados ciclos solares. A máxima duração registrada de um ciclo solar foi de 13 anos e 8 meses (de Setembro de 1784 a Maio de 1798) e a menor duração registrada foi de 9 anos exatos (de Junho de 1766 a Junho de 1775). No período de atividade mais elevada, conhecido como "máximo solar", grandes manchas e intensas explosões ocorrem quase diariamente, enquanto que períodos baixa atividade, denominado de mínimo solar, quase não existem explosões solares e pode passar semanas sem que uma única mancha apareça. 

O Sol possui um movimento de rotação, com um período que varia de aproximadamente 25 dias no equador a 36 dias nos pólos. Podemos perceber a rotação do Sol aqui da Terra, observando o deslocamento das manchas solares ao longo do tempo. O Sol também realiza um movimento de translação em torno da Via Láctea, com um período de duzentos milhões de anos.





O Sol em momento de intensa atividade (comprimento de onda de 304 Å)

O nosso sistema solar



O nosso sistema solar é composto por oito planetas, cinco planetoides, centenas de satélites planetários, milhares de asteroides e milhões de cometas, que orbitam uma estrela anã, localizada no braço de Órion da galáxia Via Láctea. 

Representação esquemática dos passos da formação do Sistema Solar, desde a Nebulosa Solar até ao seu estado atual. Créditos: Centro Ciência Viva do Algarve
Existem várias teorias que tentam explicar sua formação. A mais aceita, conhecida como "hipótese nebular", admite que o nosso sistema solar surgiu há cerca de 4,56 bilhões de anos a partir de uma vasta nuvem de gases (principalmente hidrogênio e hélio) e poeira que se condensou, devido a atração gravitacional, até formar um nódulo central, formando um "proto-sol". Na parte mais externa desta nuvem formaram-se pequenos acúmulos de matéria que passaram a orbitar este proto-sol em vários planos, mas sucessivas colisões entre estes foram acrescendo matéria que, com campos gravitacionais maiores, passaram a absorver o material de órbitas próximas formando proto-planetas, com órbitas praticamente circulares e coplanares com o plano equatorial deste proto-sol. 

A enorme pressão gravitacional no interior deste proto-sol começou a fundir os núcleos de hidrogênio em hélio, que o fez atingir 10 milhões de graus Celsius e começar a brilhar. A radiação liberada nestas fusões nucleares gerou um vento solar muito forte, que passou a varrer os elementos mais voláteis dos planetas mais próximos, deixando-os apenas com os materiais mais pesados, como rochas e metais. Os planetas mais distantes mantiveram quase todo o seu material original, tornando-se os "gigantes gasosos" do nosso sistema solar. Se o maior destes, o planeta Júpiter, tivesse entre 20 e 80 vezes a sua massa atual, poderia também iniciar fusões nucleares em seu interior, tornando-se a segunda estrela do nosso sistema solar, mas do tipo "anã marrom", de baixa luminosidade. 

A forte gravidade de Júpiter impossibilitou que o material mais próximo de sua órbita se acumulasse para formar corpos do tamanho de planetas, que então continuou a orbitar o Sol e formam o que hoje conhecemos como "cinturão de asteróides". 

Nos limites do nosso sistema solar existe ainda um outro cinturão de asteróides denominado "cinturão de Kuiper" (pronuncia-se "Cáiper"). Sua origem é incerta, mas acredita-se que seus objetos são remanescentes da nebulosa proto-solar que deu origem aos planetas. Alguns dos objetos desta região têm dimensões quase planetárias, denominados planetas-anões, como Éris, Caronte e Plutão (considerado um planeta até 11 de Junho de 2008). 

A maioria dos planetas do nosso sistema solar possuem satélites naturais, que são corpos menores que orbitam estes em vez do Sol. Alguns destes satélites naturais podem ter se formado juntos com o planeta que orbitam, outros podem ter sido atraídos e capturados pelos campos gravitacionais dos planetas e outros ainda podem ter surgido dos restos de violentas colisões sofridas pelo planeta que orbitam, como, possivelmente, é o caso da nossa Lua. 

Muito além das órbitas dos planetas, existem ainda pequenos corpos feitos de "gelo sujo" (gases congelados e poeira), considerados resíduos da formação do sistema solar, que também orbitam o nosso Sol. Possuem órbitas altamente elípticas, que os trazem para muito perto do Sol e depois os jogam profundamente no espaço, freqüentemente para além da órbita de Plutão. Quando um destes corpos está distante do Sol, as baixíssimas temperaturas mantêm seu material congelado, em estado sólido. Mas quando se aproxima do Sol, sua temperatura aumenta, fazendo com que as substâncias mais voláteis evaporem e formem uma espécie de atmosfera a sua volta, que é soprada pelos ventos solares formando uma "cauda" que se estende por milhões de quilômetros, sempre na direção contrária ao Sol, quando o chamamos de "cometa".



Uma breve história da astronomia

Ainda na pré-história, o homem percebeu que os astros se movimentavam em ciclos regulares que coincidiam com fenômenos da natureza, como mudanças climáticas, períodos de colheita, cheias de rios, secas e marés. 
Monumento de Stonehenge, no sul da Inglaterra, construído na pré-história para a observação de fenômenos astronômicos..



Monumento de Stonehenge, no sul da Inglaterra, construído na pré-história para a observação de fenómenos astronômicos.

O estudo do movimento dos astros, para prever e se antecipar a estes fenômenos, aumentou as chances de sobrevivências destas populações primitivas, tornando a astronomia ("lei das estrelas", em grego) um estudo obrigatório nesta época e, portanto, uma das ciências mais antigas da humanidade. 


Por desconhecer a natureza dos astros, várias culturas acreditavam que estes eram deuses ou espíritos que realmente manipulavam a natureza para produzir estes fenômenos, mas que, para tanto, deveriam ser reverenciados em rituais religiosos que, em algumas culturas, envolviam até sacrifícios humanos. Acredita-se, portanto, que os primeiros astrônomos eram sacerdotes, que acreditavam também que eventos astronômicos poderiam influenciar a vida das pessoas, os relacionamentos pessoais, sucessões de governantes e até guerras, fazendo com que esta astronomia primitiva se confunda com o que chamamos hoje de astrologia. 

Os gregos da antiguidade já haviam desmistificando a natureza dos astros e, apenas com observações a olho nu e cálculos matemáticos, descobriram que o nosso planeta é esférico, que orbita o Sol, calcularam o seu tamanho e as suas distâncias da Lua e do Sol. Mas estas e muitas outras descobertas ficaram praticamente esquecidas até o final da Idade Média, sendo redescobertas apenas a partir da Renascença, mais de mil e quinhentos anos depois. 

A partir dos últimos cinco séculos, a Física passou a ser utilizada para explicar os movimentos dos astros, o que revolucionou o nosso entendimento do funcionamento do Universo e criou os alicerces da Física Moderna. No início do século XX, a publicação da Teoria da Relatividade produziu profundas modificações na Física e possibilitou novas descobertas sobre as leis fundamentais do Universo. 

A descoberta de formas de luz invisíveis aos nossos olhos (como os raios-X, raios gama, ondas de rádio, microondas, radiação ultravioleta e a radiação infravermelha) e de que estas também trazem informações de todo o Cosmos, forçou uma divisão da Astronomia observacional de acordo com a forma de luz observada (faixa do espectro eletromagnético), em Astronomia Ótica (luz visível), Astronomia infravermelha (comprimentos de onda maiores que o da luz vermelha), Radioastronomia (ondas de rádio) e Astronomia de altas energias (comprimentos de onda mais energéticos que a luz visível), que utilizam instrumentos específicos para a captação de cada forma de luz. 

A revolução tecnológica da segunda metade do século XX possibilitou a construção instrumentos cada vez mais potentes e precisos, que fez o conhecimento astronômico evoluir mais nestes últimos cinqüenta anos do que nos cinco milênios de toda a sua história. A partir deste momento, a Astronomia sofre tal mudança nos seus métodos, que deixa o seu aspecto de ciência de observação para se tornar, também, uma nova ciência experimental, onde aparecem inúmeros ramos, como a Astrometria, que trata da determinação da posição e do movimento dos corpos celestes, a Mecânica Celeste, que estuda o movimento dos corpos celestes e a determinação de suas órbitas, a Astrofísica, que estuda as propriedades físicas dos corpos celestes, a Astronomia Estelar, que se ocupa da composição e dimensões dos sistemas estelares, e a Cosmologia, que estuda a estrutura do universo como um todo

NASA lança iniciativa para rastrear asteroides que ameaçam a terra

A Nasa lançou nesta terça-feira, dia 18, uma ampla iniciativa que envolve as agências federais, a comunidade científica, o setor industrial, as universidades e o público em geral, com a finalidade de rastrear e capturar asteroides que poderiam ser uma ameaça para o mundo. 

"A Nasa já trabalha no acompanhamento de asteroides que poderiam representar um perigo para o nosso planeta e, apesar de termos encontrado 95% dos maiores (com mais de um quilômetro de diâmetro), cuja órbita está perto da Terra, temos que detectar a todos", declarou a administradora adjunta da Agência Federal americana, Lori Garver. 

​Este projeto completa uma missão que consistirá em que uma nave não tripulada capture um asteroide e o reboque até a órbita lunar, onde poderia ser estudado por astronautas. 

A caça de asteroides ganhou maior urgência desde 15 de fevereiro, no dia de uma passagem antecipada de um destes objetos muito perto da Terra e da surpreendente queda de um asteroide de 15 metros de diâmetro na Rússia. Este último, ao se desintegrar, provocou uma onda de choque que quebrou muitas janelas, ferindo centenas de pessoas. 

Em um contexto de orçamento curto, a Nasa também se esforça por desenvolver outros sistemas capazes de localizar objetos celestes pequenos. Além disso, financia um projeto da Universidade do Havaí chamado Atlas (Sistema de Alerta do Impacto Terrestre de Asteroides), que vasculhará todo o céu a cada noite e detectará asteroides com diâmetro de 45 metros uma semana antes de um impacto na Terra.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Os velozes ventos de Vênus estão ficando mais rápidos

O registro mais detalhado do movimento de nuvens na atmosfera de Vênus, obtido pela sonda Venus Express, da ESA, revelou que os ventos do planeta têm ficado cada vez mais rápidos ao longo dos últimos seis anos.
O aumento na velocidade dos ventos em Vênus. Créditos: Khatuntsev et al; imagem de fundo, ESA
Vênus é bem conhecido pela curiosa super-rotação da sua atmosfera, que chicoteia em torno do planeta a cada quatro dias terrestres. Isto contrasta com a rotação do próprio planeta - a duração do dia venusiano - que demora uns laboriosos 243 dias terrestres.

Ao seguir os movimentos de características distintas no topo das nuvens, cerca de 70 km por cima da superfície do planeta e ao longo de um período de 10 anos venusianos (6 anos terrestres), os cientistas foram capazes de monitorizar padrões a longo termo nas velocidades globais dos ventos.
Quando a Venus Express chegou ao planeta em 2006, a velocidade média dos ventos no topo das nuvens a latitudes de 50º dos dois lados do equador rondava os 300 km/h. Os resultados de dois estudos separados revelaram que estes ventos já extremamente rápidos estão a tornar-se ainda mais velozes, subindo para 400 km/h ao longo da missão.

"Este é um enorme aumento nas velocidades já elevadas dos ventos na atmosfera. Esta grande variação nunca foi antes observada em Vênus, e não compreendemos ainda porque é que ocorreu," afirma Igor Khatuntsev do Instituto de Pesquisas Espaciais em Moscovo e autor principal do artigo russo a ser publicado na revista Icarus.

A equipe do Dr. Khatuntsev determinou as velocidades dos ventos ao medir como as características das nuvens se moviam entre imagens: mais de 45.000 características foram minuciosamente seguidas à mão e mais de 350.000 outras características foram seguidas automaticamente usando um programa de computador.

Num estudo complementar, uma equipe japonesa usou o seu próprio método automatizado de monitorização de nuvens para derivar os seus movimentos: os seus resultados serão publicados na revista Journal of Geophysical Research.

No entanto, acrescentando este aumento a longo prazo na velocidade média do vento, ambos os estudos também revelaram variações regulares ligadas com a hora local do dia, com a altitude do Sol por cima do horizonte e com o período de rotação de Vênus.

Uma oscilação normal ocorre aproximadamente a cada 4,8 dias perto do equador e pensa-se que esteja ligada com ondas atmosféricas a altitudes mais baixas.

Mas a pesquisa também revelou algumas curiosidades mais difíceis de explicar.
"A nossa análise dos movimentos das nuvens a baixas altitudes no hemisfério sul mostrou que durante os seis anos de estudo, a velocidade dos ventos mudou até 70 km/h ao longo de uma escala de tempo de 255 dias terrestres - um pouco mais de um ano em Vênus," afirma Toru Kouyama do Instituto de Pesquisas Tecnológicas em Ibaraki, Japão.

As duas equipes também viram variações dramáticas na velocidade média do vento entre órbitas consecutivas da Venus Express em redor do planeta.

Em alguns casos, as velocidades dos ventos a baixas altitudes variaram de tal forma que as nuvens completaram uma viagem em torno do planeta em 3,9 dias, enquanto em outras ocasiões levaram 5,3 dias.

Os cientistas atualmente não têm explicação para qualquer destas variações, ou para o aumento global a longo prazo nas velocidades dos ventos.

"Embora não haja evidências claras de que as velocidades médias globais dos ventos têm aumentado, são necessárias mais investigações a fim de explicar o que impulsiona os padrões de circulação atmosféricas e para explicar as mudanças observadas em áreas localizadas e em prazos mais curtos," afirma Håkan Svedhem, cientista do projeto Venus Express da ESA.

"A super-rotação atmosférica de Vênus é um dos grandes mistérios por explicar do Sistema Solar. Estes resultados só acrescentam mais mistério, à medida que a Venus Express continua a surpreender-nos com as suas observações deste planeta dinâmico e em mudança."

Fonte: ESA (Agência espacial européia)".




Astronauta chinesa dá "aula no espaço" para 60 mil de crianças do país

A astronauta chinesa Wang Yaping, 33 anos, deu uma aula nesta quinta-feira a bordo da nave espacial Shenzhou X, que foi retransmitida ao vivo para 60 milhões de crianças do país asiático, na primeira vez que a China fez este tipo de atividade no espaço.


Com pêndulos, giroscópios e gotas d'água flutuando no ar, Wang mostrou às crianças vários fenômenos que ocorrem com a ausência de gravidade. Foto: AP
Wang, a segunda mulher astronauta da China, mostrou aos estudantes do ensino médio do país asiático o funcionamento de algumas leis da física na gravidade zero e, como uma típica professora, fez perguntas às crianças para que estes demonstrassem seus conhecimentos, um evento que foi retransmitido por vários canais da emissora estatal CFTV.

A bordo do módulo espacial, Wang apresentou às crianças os seus companheiros de viagem, os astronautas Zhang Xiaoguang (que gravou a classe com uma câmera de vídeo) e Nie Haisheng, o comandante de voo, que fez uma pirueta no ar para mostrar aos estudantes a ausência de gravidade.

Depois, com pêndulos, giroscópios e gotas d'água flutuando no ar, Wang mostrou às crianças vários fenômenos que ocorrem com a ausência de gravidade, uma aula que mais parecia um espetáculo de mágica.

A China é o terceiro país do mundo com capacidade para enviar astronautas para o espaço (depois de Estados Unidos e Rússia) e busca uma maior aproximação do programa espacial - que é cercado de segredos por sua origem militar - com a sua população, dez anos depois do primeiro voo tripulado.

A jovem astronauta, piloto das Forças Aéreas da China, passa a fazer parte do seleto grupo de "professores espaciais" da história, e que foi iniciado com uma tragédia, pois a primeira astronauta designada para dar uma aula no espaço, a americana Christa McAuliffe, morreu no acidente da nave Challenger em 1986.

Após o acidente, outra americana - Barbara Morgan - continuou o programa dos "professores no espaço" 12 anos depois, na viagem do Endeavour em 1998. Barbara enviou na semana passada uma carta de felicitação a Wang Yaping, na qual lhe desejou sucesso em sua empreitada espacial.

"Você vai estar muito ocupada lá em cima, mas reserve um tempo para olhar pela janela", disse Barbara em sua carta, enviada "em nome dos professores e estudantes de todo o mundo

Bola de fogo é registrada nos céus do Brasil na terça

Uma bola de fogo pode ser vista nos céus do País no final da noite de terça-feira. Segundo o professor Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos, tudo indica que o objeto era um foguete chinês, lançado há seis dias para colocar em órbita um satélite e que queimou ao retornar à atmosfera.

Segundo Rojas, a trajetória e o tempo de reentrada estavam previstos e coincidem, o que indica que realmente era o foguete chinês. "Todo foguete que é lançado em órbita, ele acaba caindo de volta na Terra. Ele é queimado na reentrada, isso é calculado (...) se sobrou alguma bomba, ela caiu no oceano", diz o professor, que complementa que esse tipo de evento é considerado comum.

O evento foi registrado em vídeo e publicado no Youtube:



sexta-feira, 14 de junho de 2013

Astronautas chineses entram em módulo espacial

Os três astronautas chineses entraram esta terça-feira em um módulo espacial, depois de terem realizado com sucesso uma manobra de conexão, informou a imprensa estatal, dois dias depois do lançamento da missão espacial mais longa iniciada pelo país.


Wang Yaping é major do Exército Popular de Libertação (EPL) e membro do Partido Comunista Chinês (PCC). Foto: Reuters
Os astronautas entraram no módulo espacial Tiangong-1 às 08h17 GMT (05h17 de Brasília), quase três horas depois de sua nave, Shenzhou-10, se acoplar ao laboratório espacial em uma "conexão automática", indicou a agência oficial Xinhua, que citou o Centro de Controle Aeroespacial de Pequim.

Os três, entre os quais está a segunda mulher chinesa a viajar ao espaço, passarão 15 dias em órbita. A manobra de conexão foi a quinta a ser realizada entre uma nave de tipo Shenzhou e um módulo espacial, acrescentou a Xinhua.

Para o regime comunista de Pequim, seu caro programa espacial é um símbolo de seu crescente poder global e do aperfeiçoamento do conhecimento técnico dos chineses.

Pela primeira vez, espaçonave da Nasa será reutilizável

Desde que aposentou os ónibus espaciais, em 2011, a NASA - agência espacial americana - tem sido obrigada a alugar a estrutura da Rússia para levar seus astronautas ao espaço. No entanto, os Estados Unidos ter suas próprias naves espaciais funcionando novamente em breve.


Versão de testes da Orion é apresentada pela NASA no Centro Espacial John F. Kennedy. Foto: NASA / Divulgação
Chamado de Orion, o novo veículo será capaz de transportar astronautas até a órbita da Terra, à Lua, as asteróides e, eventualmente, até Marte.

Apesar de ter um formato semelhante ao das cápsulas da missão Apollo, a nova espaçonave é uma máquina completamente redesenhada. Diferente dos veículos desenvolvidos anteriormente, a Orion - cujo primeiro voo está previsto para 2017 - pode ser reaproveitada. Ela consiste em três sessões básicas: um módulo para a tripulação, um módulo de serviço e um sistema para abortar o lançamento. Um poderoso novo foguete será responsável por levar a Orion para o espaço.

É o módulo destinado aos astronautas, em particular, que poderá ser reciclado para utilização em várias viagens espaciais. Tornar uma nave reutilizável não é uma tarefa fácil: desde a chegada do homem à Lua na missão Apollo 11, a maior parte dos veículos espaciais tripulados conseguiu retornar com segurança à Terra ao pousar no oceano. Ainda que sejam mais fáceis, do ponto de vista da engenharia - já que a cápsula em queda não precisa desacelerar tanto para um impacto na água e dispositivos de amortecimento são dispensáveis -, esse tipo de aterragem também é mais caro, uma vez que a água salgada costuma destruir a parte electrónica da nave.

Com essa inovação, a espaço-nave Orion terá um custo de operação menor a longo prazo.




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Astrônomos descobrem novo tipo de estrela de brilho variável

Um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) descobriu um novo tipo de estrela variável. Segundo os astrónomos, esses astros apresentam minúsculas variações de 0,1% do brilho normal em períodos que variam de duas a 20 horas.

Os astros estudados ficam no aglomerado estelar aberto NGC 3766, na constelação do Centauro. Foto: ESO / Divulgação
Pouco mais quentes e brilhantes que o Sol, as estrelas do aglomerado NGC 3766 foram estudadas durante sete anos com um nível de precisão duas vezes superior ao de pesquisas anteriores. “Chegamos a este nível de sensibilidade graças à alta qualidade das observações combinada com uma análise dos dados extremamente cuidadosa”, diz Nami Mowlavi, líder da equipe de investigação.

“Mas também porque levamos a cabo um extenso programa de observação que durou sete anos. Provavelmente não teria sido possível obter tanto tempo de observação num telescópio maior”. Os cientistas utilizaram telescópio de 1,2 metro Leonhard Euler, que fica no Chile, considerado "relativamente pequeno" pelo observatório.

O estudo das estrelas variáveis ou pulsantes (cujo brilho aparente varia com o tempo) é chamado de astro sismologia, já que os cientistas tentam entender as vibrações complexas dos interiores das estrelas. “A existência desta nova classe de estrelas variáveis constitui por si só um desafio aos astrofísicos”, diz Sophie Saesen, também membro da equipe. “Os modelos teóricos atuais prevêem que sua luz não deveria sequer variar de maneira periódica, por isso os nossos esforços atuais estão focados em descobrir mais sobre o comportamento deste novo tipo tão estranho de estrelas.”

Apesar de não se ter certeza sobre a causa da variação do brilho das estrelas, os pesquisadores acreditam que há uma relação com a rápida rotação desses astros. Eles giram a mais que metade de sua velocidade crítica (quando começam a se tornar instáveis e lançar matéria ao espaço).

"Nestas condições, a rotação rápida terá um impacto importante nas propriedades internas das estrelas, no entanto ainda não conseguimos modelar as variações de luz adequadamente”, explica Mowlavi. “Esperamos que a nossa descoberta encoraje especialistas a estudar este assunto, no sentido de percebermos a origem destas misteriosas variações."




Quantidade inédita de buracos negros é descoberta perto da Via-Láctea

Astrónomos descobriram um número sem precedentes de buracos negros na galáxia de Andrómeda, umas das mais próximas da nossa Via-Láctea.
Sete dos candidatos a buraco negro (detalhados na imagem) estão a mil anos-luz do centro de Andrómeda. Foto: NASA / Divulgação
Com base em mais de 150 observações realizadas com o telescópio espacial Chandra ao longo de 13 anos., pesquisadores da NASA (agência espacial americana) identificaram 26 possíveis buracos-negros - o maior número já descoberto em uma galáxia além daquela na qual vivemos. Muitos especialistas consideram Andrómeda uma galáxia-irmã da Via-Láctea, e as duas vão eventualmente colidir, daqui a biliões de anos.

"Apesar de estarmos empolgados por encontrar tantos buracos negros em Andrómeda, achamos que essa é apenas a ponta do icebergue", afirmou Robin Barnard, pesquisador do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian em Cambridge e principal autor do estudo que relata esses resultados. "A maior parte dos buracos negros não tem companhias próximas e são invisíveis para nós."

Esses candidatos a buracos negros pertencem à categoria dos buracos negros estelares, tendo se formado a partir da morte de estrelas muito massivas e, em geral, têm entre cinco e 10 massas solares. Astrónomos são capazes de detectar esses objetos, de outra maneira invisíveis, quando existe material sendo puxado de uma estrela companheira e esquentado para produzir radiação antes de desaparecer.

A imagem mostra 28 dos 35 possíveis buracos negros - os outros sete candidatos já haviam sido descobertos em um estudo anterior. Sete deles estão a menos de mil anos-luz do centro da galáxia de Andrómeda: quantidade maior do que o número de possíveis buracos negros com propriedade similares localizados próximos ao centro da Via-Láctea. Esse dado, porém, não surpreende os astrónomos, uma vez que o número de estrelas no meio de Andrómeda é maior, permitindo a formação de mais buracos negros.

Andrómeda, também conhecida como Messier 31 (M31), é uma galáxia espiral localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância da Terra. Astrónomos consideram que a Via-Láctea e a galáxia de Andrómeda vão colidir daqui a biliões de anos. De acordo com as Projectos, os buracos negros localizados em ambas as galáxias vão então residir na grande galáxia elíptica que resultar dessa fusão.





China lança três astronautas ao espaço em sua quinta missão tripulada

Os astronautas Wang Yaping, Zhang Xiaoguang e Nie Haisheng partiram nesta terça-feira da base espacial de Jiuquan, na China, a bordo da espaço nave Shenzhou X, na quinta missão tripulada realizada pelo país asiático. 

Wang Yaping, Zhang Xiaoguang e Nie Haisheng acenam para público que acompanhou sua partida. Foto: AP

O lançamento aconteceu às 17h38 locais (6h38 de Brasília), de acordo com o horário previsto. O presidente da China, Xi Jinping, acompanhou a operação no local.

Wang é a segunda mulher astronauta chinesa a viajar ao espaço, e Nie o primeiro piloto do país a sair da Terra pela segunda vez, já que fez parte da tripulação do Shenzhou VI, em 2005. 

Após cinco minutos do lançamento, a espaço nave se desprendeu dos foguetes propulsores e pouco depois entrou em órbita, ativando os painéis solares que abastecerão o veículo de energia durante seus 15 dias de missão. 

A televisão estatal CFTV, que transmitiu ao vivo o lançamento, mostrou imagens da cabine e dos astronautas, que fizeram uma saudação militar para mostrar que tudo corria bem. 
Com esta viagem, a China prossegue seu trabalho para o desenvolvimento de uma estação espacial internacional por volta de 2020. 

A espaço nave Shenzhou X deverá se acoplar com a base orbital Tiangong I para que os astronautas realizem experimentos e operações de conserto em seu interior. 

Além disso, como grande novidade desta viagem, Wang, de 33 anos, dará por videoconferência uma aula de física aos estudantes do ensino primário e secundário da China.  


Wang Yaping, Zhang Xiaoguang e Nie Haisheng acenam para público que acompanhou sua partida. Foto: AP




segunda-feira, 10 de junho de 2013

Deixando o Sistema Solar, Voyager segue em busca do meio interestelar

O primeiro objeto terráqueo a deixar o Sistema Solar. A candidata é a Voyager 1, sonda de exploração espacial lançada há 35 anos pela NASA.


Ilustração mostra a sonda Voyager 1, da Nasa, explorando uma nova região no Sistema Solar chamada "rodovia magnética". Créditos: NASA / Reuters


A possibilidade de que ela já houvesse chegado ao espaço interestelar foi aventada em estudo publicado em março, na revista Geophysical Research Letters. Mas grande parte da comunidade científica, inclusive a agência espacial americana, acredita que a viajante ainda não tenha atravessado a fronteira. Segundo estimativas, o marco poderá ser comemorado em menos de uma década. 


Com base no relatório, cuja autoria principal recai sobre o astrónomo Bill Webber, professor da Universidade Estadual do Novo México, a União Americana de Geofísica chegou a anunciar o feito como definitivo, para logo se corrigir e descrever a posição da Voyager como uma nova região do espaço. A agitação na comunidade científica foi imediata, e a NASA apressou-se em declarar que o limite do Sistema Solar ainda não havia sido cruzado. Desde então, viu-se aumentada a expectativa dessa confirmação e do que a Voyager encontrará no desconhecido.

Asteroide do tamanho de um caminhão passa pela Terra


Asteróide do tamanho de um pequeno caminhão passou pela Terra em distância quatro vezes mais próxima que a Lua neste sábado, o último de uma sequência de objetos celestiais que passaram pelo planeta, e que aumentou a consciência sobre impactos potencialmente perigosos no planeta.  
Segundo a Agência Espacial norte-americana (NASA, na sigla em inglês) o asteroide 2013 LR6 foi descoberto cerca de um dia antes de sua aproximação à Terra, que ocorreu à 9h:42 (horário de Lisboa) deste sábado a cerca de 105 mil quilómetros sobre o Oceano Antártico, ao sul da Tasmânia, na Austrália. O asteróide de 10 metros de largura não representava nenhuma ameaça. 
Há uma semana, o enorme asteróide QE2, de 2,7 quilómetros de largura, completo com sua própria lua a reboque, passou a 5,8 milhões de quilómetros da Terra. 
Em 15 de fevereiro, um pequeno asteróide explodiu na atmosfera sobre Chelyabinsk, na Rússia, e deixou mais de 1,5 mil pessoas feridas por conta de destroços e pedaços de vidro. No mesmo dia, um asteróide não relacionado passou a cerca de 27,7 mil quilómetros da Terra, mais perto do que os satélites de comunicação que cercam o planeta. 
"Teoricamente, há uma possibilidade de colisão entre asteróides e o planeta Terra", disse o astrónomo do projeto Telescópio Virtual, Gianluca Masi, durante uma transmissão do Google+ que mostrou imagens ao vivo da aproximação de um asteróide. 
A NASA diz que já encontrou cerca de 95% dos asteróides maiores, aqueles com diâmetro de 1 quilómetros ou mais, com órbitas que os levam relativamente perto da Terra. 
Um objeto deste tamanho atingiu o planeta há cerca de 65 milhões de anos onde hoje é península de Yucatán, no México, provocando uma mudança climática global que se acredita ser responsável pela extinção dos dinossauros e muitas outras formas de vida na Terra. 
A agência espacial dos EUA e outras organizações de pesquisa, além de empresas privadas, estão trabalhando no rastreamento de objetos menores que voam perto da Terra.

China envia pela segunda vez uma mulher ao espaço!

A China enviará na terça-feira, pela segunda vez, uma mulher ao espaço para sua missão espacial mais longa, um novo passo em direção ao objetivo de uma estação espacial chinesa até 2020, indicaram as autoridades do programa espacial. 
A descolagem do foguete Longa Marcha com módulo Shenzhou-10 está prevista para terça-feira às 9h38 GMT (6h38 no horário de Brasília), anunciou Wu Ping, porta-voz do programa espacial tripulado da China. 

A tripulação ficará em órbita por 15 dias, e contará com uma mulher, Wang Yaping, a segunda enviada por Pequim ao espaço. Em outra coletiva de imprensa, na qual apareceu ao lado de seus dois companheiros de missão, a astronauta disse que iria dar aulas online para estudantes chineses. 

Aos 33 anos, Wang é major do Exército Popular de Libertação (EPL) e membro do Partido Comunista Chinês (PCC), informou a agência oficial de notícias Nova China. 

O comandante do voo, Nie Haisheng, general de 48 anos do EPL, que esteve a bordo do voo Shenzhou-6, assegurou à imprensa que Shenzhou-10 "fará uma missão gloriosa". O terceiro astronauta, Zhang Xiaoguang, é um coronel de 47 anos. 

O módulo deve atracar no laboratório Tiangong-1, uma operação essencial para a conclusão de uma estação espacial completa, capaz de acolher astronautas durante períodos prolongados. 

A China desenvolve um ambicioso programa espacial, que prevê enviar um homem para a Lua e uma estação espacial até 2020. O país enviou o primeiro homem ao espaço em 2003, mas seus recursos continuam a ser inferiores aos dos Estados Unidos. 



Wang Yaping é major do Exército Popular de Libertação (EPL) e membro do Partido Comunista Chinês (PCC). Foto: Reuters

sábado, 8 de junho de 2013

A vizinhança da Terra na Via Láctea merece mais respeito


A vizinhança do nosso Sistema Solar na Via Láctea está maior. Nós vivemos entre dois grandes braços espirais da nossa Galáxia, numa estrutura chamada Braço Local.

Na imagem antiga (cima), o Braço Local é uma zona pequena da Via Láctea. Na nova imagem o Braço Local é provavelmente um grande ramo do Braço de Perseu. Créditos: Robert Hurt, IPAC; Bill Saxton, NRAO/AUI/NSF
Novas pesquisas usando a visão rádio ultra-nítida do VLBA (Very Long Baseline Array) indicam que o Braço Local (também chamado Braço de Orion), que se pensava ser uma zona pequena, é na realidade mais parecida com os grandes braços adjacentes, e é provavelmente um ramo importante de um deles. 

"As nossas evidências sugerem que o Braço Local devia aparecer como uma característica proeminente da Via Láctea," afirma Alberto Sanna, do Instituto Max-Planck para Radioastronomia. Sanna e colegas apresentaram os seus achados numa reunião da Sociedade Astronômica Americana em Indianapolis, Indiana, EUA. 

A determinação da estrutura da nossa própria Galáxia há muito que é um problema para os astrônomos porque estamos dentro dela. A fim de mapear a Via Láctea, os cientistas necessitam de medir com precisão as distâncias até objetos dentro da Galáxia. No entanto, a medição das distâncias cósmicas é também uma tarefa difícil, o que leva a grandes incertezas. O resultado é que, enquanto os astrônomos concordam que a nossa Via Láctea tem uma estrutura espiral, não conseguem encontrar um consenso sobre o seu número de braços e as suas posições específicas. 

Para ajudar a resolver este problema, os cientistas voltaram-se para o VLBA e para a sua capacidade de fazer as medições mais precisas, à disposição dos astrônomos, de posições no céu. O VLBA permitiu com que os astrônomos usassem uma técnica que produz medições precisas de distâncias, de forma inequívoca e através de trigonometria simples. 

Ao observar objetos quando a Terra está em lados opostos da sua órbita em torno do Sol, os astrônomos podem medir a mudança na posição aparente do objeto no céu, em relação ao fundo de objetos mais distantes. Este efeito tem o nome de paralaxe, e pode ser demonstrado colocando um dedo perto do nariz e fechando alternadamente cada olho. A capacidade do VLBA para medir com precisão as muito pequenas mudanças na posição aparente permite aos cientistas usar este método trigonométrico para determinar diretamente distâncias muito mais longínquas da Terra do que era antes possível. 

Os astrônomos usaram este método para medir as distâncias de regiões formação estelar na Via Láctea onde as moléculas de água e metanol impulsionam as ondas de rádio, da mesma forma que um laser estimula ondas de luz. Estes objetos, chamados masers, são como faróis para os radiotelescópios. As observações do VLBA, realizadas entre 2008 e 2012, produziram medições precisas da distância de masers e também permitiram aos cientistas acompanhar o seu movimento pelo espaço. 

Um resultado surpreendente foi uma atualização do estado do Braço de Orion no qual o nosso Sistema Solar reside. Nós estamos entre dois grandes braços espirais da Galáxia, o Braço de Sagitário e o Braço de Perseu. O Braço de Sagitário está mais perto do Centro Galático e o Braço de Perseu está mais para fora na Galáxia. Pensava-se que o Braço de Orion era apenas uma estrutura menor entre os dois braços maiores. Os detalhes desta descoberta foram publicados na revista Astrophysical Journal por Xu Ye e seus colaboradores. 

"Com base nas distâncias e nos movimentos medidos, o nosso Braço Local não é uma área de pequena importância. É uma grande estrutura, talvez um ramo do Braço de Perseu, ou possivelmente um segmento independente de um braço," afirma Sanna. 

Os cientistas também apresentaram novos detalhes sobre a distribuição da formação estelar no Braço de Perseu e no Braço mais exterior e distante, que engloba uma deformação na nossa Galáxia. 

O VLBA, inaugurado em 1993, usa dez antenas parabólicas com 25 metros de diâmetro distribuídas desde o Hawaii até às Caraíbas. Todas as dez antenas trabalham como um único telescópio com o maior poder de resolução disponível na astronomia. Esta capacidade única produziu contribuições marcantes em vários campos científicos, desde placas tectônicas na Terra, pesquisa climatérica, passando por navegação de naves espaciais até cosmologia. 

Fonte: Universe Today






































Na imagem antiga (cima), o Braço Local é uma zona pequena da Via Láctea. Na nova imagem o Braço Local é provavelmente um grande ramo do Braço de Perseu.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

China enviará missão espacial tripulada em junho

A China lançará em meados deste mês uma nave espacial tripulada que se acoplará a um módulo experimental, última etapa da construção de uma estação espacial chinesa permanente, informou nesta segunda-feira a agência de notícias estatal Xinhua.

De acordo com o porta-voz do programa espacial do país, a nave se acoplará ao laboratório espacial Tiangong-1 (Palácio Celestial). Trata-se de uma etapa crucial para a obtenção da estação espacial permanente.

A capacidade espacial da China é inferior à dos EUA e da Rússia, mas o ambicioso programa do país inclui planos de enviar um homem à lua e construir, até 2020, uma estação que gire em torno da Terra, informa um documento oficial.

A China lançou em 2012 a nave espacial Shenzhou IX na missão mais ambiciosa de sua história, com três astronautas, entre eles Liu Yang, a primeira mulher chinesa ao viajar para o espaço.

Pequim realizou seu primeiro voo espacial tripulado em Outubro de 2003.

Percentagem de Votos



Este gráfico mostra a sondagem que nós fizemos durante 15 dias.
Aqui está um gráfico a mostrar a percentagem de votos apurados.
Agradecemos a quem votou e tentaremos melhorar o nosso trabalho.Obrigado mais uma vez pelo apoio!!!!!

Translation:
This chart shows the survey we did for 15 days.

Here is a graph showing the percentage of votes counted.

Thanks to those who voted and we will try to improve our work. Thanks again for your support!!

Asteróides próximos da Terra !

Próximas aproximações de asteróides monitorados pelo Programa NEO (Near Earth Object), da NASA. A unidade de distância LD, sigla de Lunar Distance, equivale a distância entre a Terra e Lua, que é de aproximadamente 384.405 km.