Um asteroide deve passar próximo da Terra nesta sexta-feira (31) e ficar
no máximo a 5,8 milhões de quilômetros daqui, o equivalente a uma
distância de 15 vezes entre o nosso planeta e a Lua.
Apesar de não representar perigo, o 1998 QE2 pode ser um objeto
interessante de estudo, entre esta quinta-feira (30) e o dia 9 de Junho,
para os astrónomos que tiverem um telescópio de radar de pelo menos 70
metros de comprimento. Esse corpo celeste tem 2,7 quilómetros de
diâmetro, o tamanho de nove navios transatlânticos Queen Elizabeth 2.
A aproximação máxima do asteróide será às 17h59 (horário de
Brasília) desta sexta. Esse será o ponto que ele chegará mais perto de
nós pelos próximos dois séculos, pelo menos.
Esse objeto foi descoberto em 19 de Agosto de 1998, pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O cientista Lance Benner, do Laboratório de Propulsão a Jato da
agência espacial americana (NASA), diz que espera obter uma série de
imagens de alta resolução do 1998 QE2, o que pode revelar detalhes sobre
ele.
"Sempre que um asteróide se aproxima, ele fornece uma importante
oportunidade científica para estudá-lo e entender seu tamanho, forma,
rotação, características da superfície e origem", explicou.
A NASA estabeleceu como alta prioridade o monitoramento de asteróides e cometas, e os EUA têm o maior programa de levantamento de
objetos próximos à Terra do mundo – uma parceria entre agências
governamentais, astrónomos de universidades e institutos de ciência. Até
hoje, o país já identificou mais de 98% do total desses corpos
conhecidos. E só no ano passado, o orçamento da Nasa para esse fim
aumentou de R$ 12 milhões para R$ 40 milhões.
Em 2016, a NASA planeia vai lançar uma sonda em direcção ao asteróide
potencialmente mais perigoso de que se tem notícia, chamado 1999 RQ36,
ou 101955 Bennu. A missão Osiris-Rex também planeia fazer
reconhecimentos em todos os objetos ameaçadores recém-descobertos. Além
de monitorar possíveis ameaças, o aparelho poderá revelar detalhes sobre
a origem do Sistema Solar, da água na Terra e das moléculas orgânicas
que levaram ao desenvolvimento da vida.
Recentemente, a agência americana anunciou ainda que está
desenvolvendo uma missão para identificar, capturar e mudar de rumo um asteróide para exploração humana.