Chuva
de estrelas anual atinge hoje e amanhã o pico de intensidade, podendo
ver-se sem telescópio uma média de 110 meteoros por hora
Popularmente
chamadas as Lágrimas de São Lourenço, em homenagem ao santo festejado a
10 de Agosto, as Perseidas são um fenómeno anual. Este ano, o pico de
intensidade ocorre na noite de hoje e de amanhã. O director do
Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, deixa um conselho:
reúna os amigos, afaste-se das luzes da cidade que ofuscam as
estrelas-cadentes de menor luminosidade e comece a contar. Em média, são
esperados 110 meteoros por hora.
"Não há um local privilegiado
para assistir à chuva de estrelas", conta Rui Agostinho, explicando que
qualquer lugar com um céu amplo servirá o propósito. As
estrelas-cadentes, que resultam da entrada na atmosfera da Terra de um
corpo sólido proveniente do espaço, são visíveis em todo o lado. "Mas ao
começar a traçar os rastos de luz num mapa das estrelas vai descobrir
que parecem originar-se num ponto específico do céu nocturno: a
constelação de Perseus", explicou ao DN o director do observatório. É
daí que vem o seu nome, Perseidas. Há relatos desta chuva de estrelas
desde o século VIII, mas só em 1835 o belga Adolphe Quetelet mostrou que
eram uma chuva anual.
Estes meteoros surgem durante a passagem
da Terra pela nuvem de poeira deixada pelo cometa Swift-Tuttle. São
visíveis a olho nu, entrando na atmosfera terrestre a cerca de 59
quilómetros por hora.
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